segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Do Nosso Objeto de Estudo


O Espiralismo não é Surrealismo, temos insistido nesse ponto a todos que nos perguntam sobre nosso movimento, nossa semelhança é muito ingrata. Por exemplo, o Surrealismo se propõe como linguagem do inconsciente (dos sonhos), claro que não convence, pois se diz capaz, de traduzir a linguagem do inconsciente, calcada na psicologia freudiana.

O Espiralismo não tem essa preocupação, não nos propomos como linguagem do inconsciente tão somente, pois esse não é um campo de estudo a nós descartado, nosso interesse está voltado ao estudo da loucura, o ilogismo aleatório presente em muitos de nossos trabalhos artísticos, demonstra claramente que os espiralistas são muito mais influenciados pela entropia¹ que por inconsciente, não dizendo é claro que inconsciente não é entrópico.

Nossa inovação está na forma em como o caos é abordado, quando vemos uma espiral, se imaginarmos numa forma em três dimensões, existe uma ilusão de ótica, não saberemos dizer se a forma sai do plano para “fora” ou para “dentro”, o mesmo pode ocorrer com uma pirâmide ou com um cone. Essa ambigüidade, incerteza das coisas nos lança numa irracionalidade, que é também um dos nossos objetos de estudo.

Ou seja, o Espiralismo não estuda somente a loucura, estuda o irracional, o ilógico, o caótico, o aleatório, o psicológico, o dialético, o entrópico...

¹Entropia – Nome dado por Clausius à função de estado indicada por S, que caracteriza o estado de “desordem” de um sistema. Ÿ Ling. e Comunic. Média da quantidade de informação das unidades lingüísticas, II Na teoria da comunicação, quantidade que mede o grau de incerteza de determinado elemento do conhecimento (a entropia é nula desde que não exista incerteza). (Extraído da enciclopédia Larousse Cultural)

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